Os pedaços esmigalhados dos fósforos antigos
Unem-se numa revolução de amor
Reacendem entre si os desconexos restos
daquela velha e mórbida esperança
A chama miúda, transmuta-se
Corporifica-se no espaço da existência
Dilacera o oxigênio-alimento
Torna-se labareda indômita
E já nos frangalhos da noite
Por todas as terras daqui e d'além mar
Só se ouve dizer
Que renascera a velha e incontrolável chama da virtude
Aquilo a que os loucos e bobos insistem em proclamar
Que os poetas lunáticos-frenéticos insistem em versificar
E os céticos-tapados não conseguem enxergar
É a labareda fulgurante da delícia de amar.
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